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Por: Daniel Corrêa (blog - Tenho Mais Discos Que amigos)
Um rosto em pedaços estampa a capa de ‘Living Things”, novo disco
do Linkin Park, que se fez em mil pedaços para se recriar e finalmente
parece criar uma nova identidade. No seu disco mais desconstrutivo,
fazem seu trabalho mais consistente. O Linkin Park está vivo.
Estabelecidos no mainstream desde o começo dos anos 2000, com discos de muito sucesso e um slip maravilhoso
com o rapper Jay-Z, a banda começou uma busca por maturidade,
procurando respostas no mundo ao seu redor nos regulares “Minutes to
Midnight” e “A Thousand Suns”.
Mas não era reconstruindo o mundo que a banda ia também. E em “Living things”,
eles estão olhando para si mesmo e se moldando. Em pedaços. Como as
batidas quebradas do dubstep (que se encaixa na proposta do som deles de
um modo mais legitimo que muito DJ por aí) ou com melodias para serem
marcadas com palmas e cantadas baixinho, como em “I’ll be gone” e “Castle of Glass”,
duas das melhores faixas que a banda já fez. O disco consegue ser muito
eletrônico e, ao mesmo tempo, orgânico, com os melhores vocais já
gravados por eles. Essa evolução aberta se deve também à continuidade de
produção, desde o “Minutes” assumida por Mike Shinoda e pelo mestre
Rick Rubin.
“Living Things” não é uma obra-prima, mas
mostra uma coisa rara: uma banda madura, sabendo se reinventar, e se
expressando com verdade. A sua própria verdade. Os pedaços tem vida.
NOTA: 7/10
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